quinta-feira, 21 de julho de 2011





O que são vitaminas?
Vitaminas são grupos de compostos orgânicos necessários apenas em quantidades mínimas na dieta, mas essenciais para reações metabólicas específicas do interior da célula e necessárias para o crescimento normal e para a manutenção da saúde. Várias delas agem como coenzimas ou como um grupo de enzimas responsáveis pela promoção de reações químicas essenciais.

Classificação
AS vitaminas podem ser classificadas em : Vitamina A , B , C , D , E , H , K

Importância de cada vitamina

Vitamina A
É derivado de um pigmento vegetal, o caroteno, que dá cor à abóbora e à cenoura. O caroteno é uma provitamina que se transforma em nosso fígado, em vitamina A ,essa é solúvel na gordura. Isto significa que para que seja absorvida pelo organismo ela necessita de gorduras e óleos. Essa vitamina ajuda a manter o bom funcionamento das células epiteliais da pele e das mucosas que revestem o sistema digestivo e o respiratório. A vitamina A apresenta-se em duas formas principais que são denominadas vitamina A1 e A2. A vitamina A1 é a principal forma em que a vitamina A se apresenta. O transretinol e o transretinal apresentam a mesma atividade biológica. O ácido retinóico, com exceção da visão e da reprodução, ele desempenha todas as outras funções da vitamina A. Com relação à visão, observa-se que a suplementação de ácido retinóico, como fonte única de vitamina A, com o passar do tempo conduz as aves à cegueira. Com relação à reprodução, sem um nível adequado de vitamina conduz à má formação dos embriões. A vitamina A2 ocorre em peixe de água doce. A sua atividade biológica é de 40% da atividade biológica do transretinol.
 

Complexo B
O complexo B abrange várias vitaminas que receberam letra B. Elas ocorrem juntas em vários alimentos, principalmente na casca dos grãos de cereais, no feijão, na gema de ovo e na carne.


Vitamina B1
A vitamina B1 é essencial para as transformações que os carboidratos sofrem no interior das células. Alimentos ricos em vitamina B1: germe e casca de cereais, amendoim gema de ovo, leite e carne.
Comercialmente a vitamina B1 é encontrada principalmente na forma de cloridrato de tiamina.
Testes com animais, com alimentação sem vitamina B1, mostrou que a falta dessa vitamina caracteriza-se por fraqueza, ataxia progressiva, paraplegia espástica e hiperestesia. A semelhança entre lesões do sistema nervoso no caso da paralisia da raposa e as lesões observadas no síndrome de Wernicke, no homem, leva a crer que esta síndrome é em parte atribuível à deficiência da vitamina B1.
 

Vitamina B2
O complexo B2 inclui várias vitaminas, entre as quais a riboflavina e o ácido nicotínico. Eles são importantes para o bom funcionamento e a regeneração das mucosas e da pele. São fontes particularmente ricas em riboflavina: fígado, rim e leite. O ácido nicotínico pode ser encontrado em verduras, no fígado e na gema de ovo.
Encontra-se presente em quase todas as células vivas.
Uma das mais importantes propriedades, é a de poder facilmente sofrer reações de oxidação e de redução. Ao oxidar-se, a cor amarelada característica da vitamina desaparece e em razão deste fato a vitamina B2 reduzida é incolor. Quando exposta ao ar, oxida-se retornando à sua coloração amarela.
Nas reações de redução, a vitamina B2 sofre um rearranjo de sua molécula e os átomos de hidrogênio ligam-se aos átomos de nitrogênio.
A vitamina B2 é também integrante da D-aminoácido oxidase que atua na oxidação dos aminoácidos no fígado e nos rins e da xantina oxidase que está vinculada ao metabolismo final das purinas.


Vitamina B6
A vitamina B6, também denominada piridoxina, permite a regeneração do sangue após hemorragias. São fontes de piridoxina o leite, o fígado e os cereais.
Comercialmente o principal produto que existe para ser usado como vitamina B6 é o cloridrato de piridoxina.
 

Vitamina B12
A vitamina B12 é importante na produção dos glóbulos vermelhos do sangue e também influi no crescimento do indivíduo. Alimentos ricos em vitamina B12: peixes, ostras, gema de ovo e carne.
A vitamina B12 é formada de dois componentes característicos. O primeiro apresenta uma estrutura semelhante aos nucleotídios.
O segundo componente que é a parte mais característica da molécula de vitamina B12 é um sistema cíclico da corrina, que se assemelha às porfirinas.


Vitamina C
A vitamina C é necessária para manter normais as paredes dos vasos sangüíneos. As frutas cítricas, as verduras, o tomate e a cebola são ricos em vitamina C. Existem diversas substâncias que apresentam atividade em vitamina C, das quais a mais importante é o ácido L-ascórbico. O ácido ascórbico é sintetizado por um grande número de plantas e por todos os mamíferos conhecidos, exceto os primatas e o porquinho-da-índia.
 

Vitamina D
A vitamina D é também conhecida como vitamina anti-raquítica, pois controla o aproveitamento do fósforo e do cálcio, importantes para o perfeito desenvolvimento dos ossos e dos dentes. Mesmo quando se ingerem alimentos que contenham fósforo e cálcio, essas substâncias não se fixam nos ossos quando há deficiência de vitamina D.
Nosso organismo pode aproveitar diretamente a vitamina D proveniente de certos alimentos ou sintetizá-la nas células de nossa pele a partir de uma provitamina: o ergosterol. Em presença dos raios ultravioleta do Sol, o ergosterol transforma-se em vitamina D. Alimentos ricos em vitamina D: óleo de fígado de bacalhau e atum.
A vitamina D é destruída pela ação da luz, especialmente a luz ultravioleta, pela presença de peróxidos provenientes da oxidação dos ácidos graxos insaturados. Esta destruição é aumentada pela presença de minerais.
A adição de vitamina E ou de outro antioxidante previne a destruição oxidativa da vitamina D.
O cálcio absorvido cai na corrente sangüínea na forma iônica.
 

Vitamina E
A vitamina E é também conhecida como vitamina antiesterilidade. Alimentos ricos em vitamina D: alface, ervilhas, mel, óleo de germe de trigo e de outros cereais.
 

Vitamina K
A vitamina K é conhecida como vitamina anti-hemorrágica, pois favorece a formação de substâncias importantes para a coagulação do sangue. Alimentos ricos em vitamina K: alfafa, espinafre, couve-flor e repolho.
A obstrução do canal biliar, as doenças hepáticas ou a interrupção da produção de sais biliares por drogas, como a colestiramina, afetam a absorção das vitaminas lipossolúveis, e desta a vitamina K é a mais afetada. Sinais de deficiência de vitamina K podem aparecer, as quais podem ser prontamente corrigidos pela administração de sais biliares e de provável competição com as outras vitaminas lipossolúveis pelos sistemas de absorção e de transporte.
 

Avitaminoses
 

Avitaminose da vitamina A
A deficiência de vitamina A no homem pode ser devida a um baixo nível dietético, à interferência que ocorre na absorção e armazenamento de vitamina A, a problemas na conversão do caroteno em vitamina A. Interferência na absorção e armazenamento da vitamina A têm sido observados em estados patológicos como o "spru", fibrose cística do pâncreas, colites ulcerativas, obstrução do ducto biliar e na cirrose hepática, etc... Os indivíduos com "diabete mellitus" e com hipotireoidismo apresentam problemas de conversão do caroteno em vitamina A. Perdas de vitamina A do sangue em crianças ocorrem durante certas infecções, principalmente nos casos de pneumonia, febre escarlate e infecções respiratórias. A manifestação clínica da deficiência de vitamina A no homem caracteriza-se por um retardamento no crescimento, e um abaixamento na resistência a infecções, principalmente a resfriados e infecções dos sínus(sinusites), sendo neste particular muito mais eficiente que a vitamina C. Outros problemas carenciais, devido à falta de vitamina A, são: falta de adaptação ao escuro que progride até a cegueira noturna total(hemoralopia), xeroftalmia que se caracteriza pela instalação de uma infecção secundária na mucosa visual queratinizada e por lesões típicas da pele. A deterioração da retina na cegueira noturna pode também levar a mudanças da sensibilidade da retina à luz colorida, e a visão do azul e do amarelo pode ser diminuída ou invertida
 

Avitaminose da vitamina B1
A deficiência de vitamina B1 no homem produz o beribéri. O beribéri no homem é um estágio avançado de deficiência de vitamina B1 e se caracteriza por alterações do sistema nervoso periférico causado pelo acúmulo de ácido pirúvico. Hoje se conhecem duas formas bem definidas de beribéri. O beribéri seco (dry beri-beri), que se caracteriza por um maior desgaste muscular, perda de sensibilidade da pele, paralisia que começa nas pernas, estendendo-se posteriormente a outras partes do corpo. O beribéri úmido (wet beri-beri) que se caracteriza pelo aparecimento de edemas nos braços, nas pernas e no tronco, em estágio mais avançado o coração aumenta de volume e às vezes ocorre a morte do indivíduo por falhas cardíacas.
 

Avitaminose da vitamina B2
A falta de vitamina B2 na ração de pintos pode causar o aparecimento de diarréias, retardamento do crescimento ou o aparecimento de uma paralisia das patas conhecida como paralisia dos "dedos curvados". Esta doença caracteriza-se por aparecer subitamente, e os animais caminham sobe seus tarsos com os dedos de sua patas curvados para dentro.
A doença ocorre em duas etapas: uma preliminar em que os sintomas são reversíveis com a administração de vitamina B2 e outra aguda em que as lesões causadas pela deficiência são irreversíveis.
Nos casos graves os nervos brônquios e o ciático hipertrofiam-se, chegando algumas vezes a aumentar 4 – 6 vezes seu diâmetro normal.
Os sintomas de deficiência de vitamina B2 em galinhas são: decréscimo na produção de ovos, aumento na mortalidade embrionária e aumento no tamanho do fígado e no seu conteúdo de gordura.


Avitaminose da vitamina B6
Os pintos alimentados com ração deficiente em vitamina B6 apresentam perda de apetite, redução na taxa de crescimento e sintomas nervosos característicos. Alguns pintos mostram-se excitados, apresentando, depois de algum tempo, movimentos convulsivos bruscos. Os pintos saem subitamente correndo sem rumo, às vezes batendo as asas mantendo a cabeça baixa. Os pintos podem também sofrer convulsões durante os quais se deitam sobre o peito, levantando as patas do chão ou do piso e batendo as asas. Os pintos podem cair para o lado, ficando de costas e agitando as pernas no ar.
As deficiências de vitamina B6 nas aves adultas caracteriza-se por perda de apetite, o que consequentemente leva à perda de peso do animal. A produção de ovos é reduzida acentuadamente, ocorrendo o mesmo com a ecodibilidade dos ovos. Todos estes sintomas tornam-se mais graves com o tempo, resultando na morte dos animais.


Avitaminose da vitamina B12
Os sintomas de deficiência de vitamina B12 são crescimento retardado, decréscimo na eficiência de utilização dos alimentos, alta mortalidade e redução na fertilidade dos ovos. "Perose" pode ocorrer em pintos e perus que recebem ração deficiente dessa vitamina. A adição de vitamina B12, nestas condições, pode prevenir a "perose".
Existe uma acentuada transferência de vitamina B12 da galinha aos pintos, e pode ocorrer uma alta mortalidade dos pintos, quando ovos incubados provêm de aves deficientes em vitamina B12.


Avitaminose da vitamina C
Devido a não sintetizar o ácido ascórbico por problemas genéticos, o homem necessita de ingestão constante de vitamina C. A deficiência de vitamina C causa o "escorbuto". Os sintomas patológicos do escorbuto limitam-se quase que exclusivamente aos tecidos de suporte de origem mesenquimal (ossos, dentina, cartilagens e tecido conjuntivo). Isto provavelmente ocorre devido à falta de hidroxilação dos aminoácidos aromáticos. O escorbuto nos adultos caracteriza-se por: ulcerações, gengivas inchadas, afrouxamento dos dentes, modificação na integridade dos capilares, anorexia, anemia. As crianças alimentadas com sudedâneos do leite materno sem suplementação adequada com fontes vegetais de vitamina C tornam-se suceptíveis ao "escorbuto infantil". Este estado carencial caracteriza-se por fraqueza, juntas inchadas, dificuldade de movimentação, manchas hemorrágicas, feridas difíceis de curar e anemia. Exceto a anemia, todos os outros sintomas são devidos a problemas na formação dos colágenos e de condriona sulfato. A anemia deve-se a uma dificuldade do indivíduo em usar o ferro armazenado. É aventado também que a vitamina C tem um papel importante na prevenção de gripes e resfriados, por participar da síntese da condroitina sulfato. Embora tendo este papel na proteção das mucosas, a vitamina C é menos eficiente que a vitamina A no controle de gripes e resfriados.
 

Avitaminose da vitamina D
A deficiência de vitamina D em aves produz raquitismo, cujos sintomas aparecem entre a 2A e 3A. semana de idade dos animais. O bico e as unhas tornam-se moles e dobráveis. As pernas tornam-se fracas e os pintos apresentam tendência de não caminhar e, se caminham, o fazem com dificuldade, balanceando o corpo, o que indica falta de equilíbrio do animal. Este enfraquecimento das pernas deve-se a uma alteração nos processos de absorção e de retenção de cálcio, o que resulta num desenvolvimento anormal do tecido ósseo. O desenvolvimento anormal dos ossos se observa com facilidade nas patas e nas uniões endocondriais existentes nos lados do peito. A coluna vertebral curva-se para baixo na região sacral e coccigiana. O esterno apresenta curvamento e depressões laterais. Estas modificações reduzem o tamanho do tórax, produzindo como conseqüência uma compressão dos órgãos vitais.
Um dos sintomas mais característicos de deficiência de vitamina D é o aparecimento de nódulos nas costelas, principalmente nos pontos de união das costelas com a coluna vertebral.
Os sintomas de deficiência de vitamina D em poedeiras confinadas começa 2 a 3 meses após os animais terem começado a ingerir ração deficiente em vitamina D. O primeiro sintoma da deficiência da vitamina D manifesta-se por um aumento do número de ovos de casca fina ou sem cascas, seguido por um decréscimo da produção de ovos. A incubabilidade é reduzida acentuadamente.


Avitaminose da vitamina E
A deficiência de vitamina E em pintos é responsável pelo aparecimento de três doenças carenciais que são: encefalomalácia, diástase exsudativa e distrofia muscular.
A encefalomalácia ocorre normalmente nas explorações avícolas e está diretamente ligada a rações com baixo nível de vitamina E e que apresentam um alto teor de ácido insaturado. Caracteriza-se este problema carencial por uma ataxia resultante de hemorragia e edemas do cerebelo; algumas vezes até o próprio cérebro do animal é atacado.
Os pintos atacados mostram-se com as patas abertas e os dedos encolhidos. A cabeça retrai-se para dentro e em alguns casos encontra-se torcida lateralmente e seus movimentos são sem coordenação.
Na diástase exsudativa, os capilares tornam-se permeáveis e este aumento da permeabilidade conduz à formação de edemas. O conteúdo destes edemas apresenta um comportamento eletroforético semelhante ao plasma sangüíneo, indicando que proteínas do sangue passam para estes edemas.
 

Avitaminose da vitamina K
A deficiência de vitamina K no homem resulta numa redução do nível de protrombina do sangue em conseqüência ocorre um retardamento no tempo de coagulação do sangue. Em conseqüência deste retardamento, o indivíduo está sujeito a sofrer sérias hemorragias.

Fontes das vitaminas
Vitamina A
Vegetais amarelos  ( cenoura, abóbora, batata doce, milho ), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo, manteiga,  fígado.

Vitamina B1
Cereais na forma integral e pães , feijão, fígado, carne de porco, ovos , fermento de padaria , vegetais de folhas.

Vitamina B2
Vegetais de folhas  ( couve, repolho, espinafre ) , carnes ,ovos , fígado, leite, fermento de padaria.

Vitamina B6
Levedo de cerveja, carnes magras, peixes.

Vitamina C
Frutas cítricas, tomate, vegetais de folha, pimentão.

Vitamina D*
Óleo de fígado de bacalhau, fígado, gema de ovo.

* A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precursor que se transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar

Vitamina E
Óleo de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim.

Vitamina K
Vegetais verdes, tomate, castanha.

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